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| Foto: Divulgação Geral |
O que
vimos ontem em Caxias do Sul foi um Grêmio diferente, um Grêmio que já não era
visto há alguns anos pela torcida gremista. A capacidade de reação do time de
Enderson após a virada do Caxias não era esperada.
Mas e
porque não esperávamos isso do tão ovacionado Imortal Tricolor?
Porque vivemos
por anos a sombra de treinadores que se intitularam maiores que o Grêmio,
maiores que o sentimento que envolve esse manto. Foram muitas temporadas, jogos,
batalhas perdidas, em que viradas eram impossíveis pelo tamanho ego de nossos
treinadores. Bons ocupavam a reserva, enquanto ruins estavam em campo.
Concordo que
o Campeonato Gaúcho, de fato, não é parâmetro para demonstrar a qualidade ou a
falta da mesma em um time, mas não podemos esquecer que o Grêmio já foi capaz
de entregar esse mesmo campeonato para o nosso coirmão da maneira mais
vergonhosa, com a taça praticamente na mão. E que há algum tempo já não sabemos
o que é ser campeão estadual, pois perdemos a capacidade de respeitar a
clássica rivalidade, tradição gaúcha que merece e precisa ser respeitada.
Ao que
tudo indica, as coisas parecem ter tomado outro rumo com a contratação de Enderson,
que chegou ao Grêmio sob a desconfiança da torcida, mas tem-se mostrado um
treinador maduro e convicto nas suas escolhas. Ao que reza a lenda, é preciso
de um clássico Grenal para dar rumo às duas equipes. E foi a partir do mesmo
que Enderson compôs o estilo Enderson de comandar. Agora reconhece o tamanho
desse clube. É inteligente nas substituições, treina fundamentos não vistos nas
últimas temporadas. Sabe que a equipe ainda precisa melhorar. Respeita os “medalhões”
e os jovens promissores. Reconhece o talento de Wendell e Luan, dando grande
chance aos meninos do Grêmio. Promove os jogadores recém-chegados, vide Dudu e
Alán Ruiz, que parecem bons jogadores. Enderson tem o que muitos dos grandes
não têm: humildade.
Posso
estar sendo esperançosa demais acerca de nosso treinador e do elenco gremista,
mas há anos eu não via a humildade reinar acima da teimosia. Cedo ou não, a
esperança ressurgiu, pois há um cara na casamata que sabe colocar em campo o
que há de melhor em cada jogador.
Torço
pelo Grêmio, torço por Enderson e espero que assim como eu, todos devolvam a devida
importância ao Campeonato Gaúcho. Preferível disputar a Libertadores e perder o
estadual? Claro que sim, mas porque não disputar ambos com a intenção de vencer?
Porque não usar mais um empate em clássico, para promover a ascensão gremista
em ambas as competições?
VAMOS
GRÊMIO, QUEREMOS A(S) COPA(S)!