Quem me conta é meu pai, tios, primos e amigos que tinham idade suficiente para entender de futebol, quando eu ainda não me limpava sozinho. Mas já vestia o manto, presente de meu velho pai, Sr. Heleno, camisa essa que guardo até hoje, e pretendo vestir meu filho dentro de alguns anos quando for a vez dele usar fraldas.
Sou muito de acreditar em destino, sou meio supersticioso as vezes, de jogar no bixo placa de carro, tenho a quem puxar, Tio Paulo de Erechim não me deixa mentir. Acredito que façanhas como a batalha dos aflitos possam ser repetidas, acredito em empates aos 47 do segundo tempo, todo Gremista acredita enquanto ainda temos segundos de partida.
Tal confiança, superstição ou crença no passado, me fez sentir um frio na barriga, comparando nossa campanha na libertadores de 95, com a campanha que iniciamos nessa libertadores de 2014, vencendo o copero Nacional do Uruguay fora de casa, com um Parque Central fervendo.
Bola cruzada na área, GOL! De cabeça, do camisa 16. O que muda é a posição do goleador, de atacante para volante. De 1995, para 2014.
Tu ai, tricolor com mais de 30 anos! Não te arrepia essa ''coincidência''? Não te dá uma esperança de que a história se repita? Não tem vem a cabeça a imagem do capitão américa, sendo substituído por Barcos, erguendo a taça?
Depois de assistir o Grêmio que jogou contra o Nacional, com a cara da Libertadores, pressionando, atacando, marcando, brigando, e comparando com o time de 95, eu respiro fundo e tento segurar a empolgação. Até porque como eu disse no meu último texto, o Grêmio se comporta diferente a cada jogo, o Grêmio que bateu o Nacional em casa, não se compara ao do último Grenal, que estava preocupante. Mas o atual Grêmio, vem convencendo, e empolgando. Espero que a atuação se repita contra o Nacional de Medellín, e nos jogos que seguem.
Sei que temos uma longa peleia pela frente, mas a esperança e a confiança, essas estão difíceis de controlar.
VAMO GRÊMIO QUERIDO!
Foto: Miguel Rojo, AFP | Montagem: Nicolas Vargas |